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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vídeo da feira livre de Umbaúba-SE




Este vídeo foi feito com um dos requisitos de trabalho acadêmico do curso de Pós- Graduação Lato Sensu em docência e Tutoria  em educação á Distância do Pólo de Umbaúba-SE.


Redação

Estrutura da Dissertação

É uma modalidade de composição que visa analisar, ou comentar expositivamente conceitos ou idéias sobre um determinado assunto. Pode apresentar-se de forma expositiva ou argumentativa. Possui uma natureza reflexiva que consiste na ordenação dessas idéias a respeito de um determinado assunto contido em um uma frase-tema, um conjunto de textos verbais, não-verbais, ou até mesmo uma mescla de textos
Dissertar é debater. Para discutirmos questões dos variados assuntos que a sociedade nos apresenta precisamos da Dissertação. Aquele que desenvolve uma dissertação é comumente denominado de Enunciador de idéias. Como enunciadores somos nós que desenvolvemos o texto dissertativo sem usar primeira pessoa, expressando o nosso ponto de vista para desenvolvê-lo com concisão e clareza. Essas idéias fundamentam nossa posição.  É por isso que toda dissertação deve ser desenvolvida em terceira pessoa. Estabelecer nos parágrafos do desenvolvimento as relações de causa e conseqüência contribui para um texto correto e conciso. Frases curtas, linguagem direta apresenta um texto com estrutura organizada e lógicidade de idéias.

 

A Estrutura do texto Dissertativo

São três as partes básicas de uma redação: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Isso necessariamente não quer dizer que uma dissertação tenha que ter três parágrafos. O mínimo de parágrafos lógicos seriam quatro e no máximo cinco, por se tratar de um texto para leitura rápida e concisa.
Na Introdução de texto dissertativo encontramos a delimitação de um tema, através de frases chamadas de argumentos, ou idéias secundárias, de uma idéia central que conhecemos como assunto, o assunto do tema que amarrará os parágrafos do desenvolvimento – sugestão ou duas, ou no máximo três;
No Desenvolvimento do texto dissertativo trabalharemos as frases idéias, ou argumentos observando a estrutura padrão de um parágrafo de desenvolvimento que apresentarei mais adiante, apresentando sua causa e conseqüência e exemplos sempre no fim parágrafo para mostrar harmonia;
A Conclusão no texto dissertativo também uma estrutura padrão, chega de inventar, até para finalizar um texto devemos seguir regras. Seguindo-as o resultado final da redação será primoroso.
Eis o Esquema Estrutural que poderá ajudá-lo a fazer sua dissertação:

Abaixo segue o desenvolvimento de uma redação a partir do seguinte tema:

“ÁGUA, CULTURA E CIVILIZAÇÃO”
No mundo moderno, incrivelmente globalizado, ocorre uma tendência a valorização do lucro em detrimento a fatores de grande importância para a sobrevivência humana. Pois, a falta de água potável no futuro trará conseqüências hediondas. Mas, há uma cultura que pode ser formada através da educação ambiental nas escolas para as nossas crianças e, além do mais, descaso de nossos governantes aponta para uma civilização em crise e em processo de autodestruição.
Embora, o homem não tenha dado o valor devido à importância da água para sua subsistência. Estudiosos prevêem que daqui a 50 faltará água potável. Que ironia para o ser humano que vive em um planeta composto por 2/3 de água. Lembrando que 2% da água da terra é doce e o mais criminoso é que 5% dos 2% está poluída. Além da destruição de seu “habitat” natural, o aumento demográfico é absurdo, poluindo o que ainda resta, sem nenhuma ação governamental para conter esta realidade terrível e inevitável.
Ainda com a falta de políticas públicas, contribuindo para esse descaso. Sem um processo de Educação Ambiental nada pode ser feito contra essa escassez. Preparar a cultura dos herdeiros da terra para essa mudança de postura, já entranhada dentro de nossos governantes que por não terem interesses políticos nada fazem, é essencial.
Mesmo, diante dessas grandes civilizações que dominam o planeta, algumas que surgiram, ou tem como modelo, se organizarem perto dos grandes rios como vemos o Tigre, Eufrates, Amarelo, Nilo, Mississipi, Rio Grande, Amazonas e outros. Não foi mera coincidência, antes sim suas necessidades de vitalidade e de preservação de suas espécies. A água é vital para todos os seres vivos, é usada em rituais desde a antiguidade. Logo pode existir a humanidade sem seu líquido precioso que é a água.
Assim, esse bem tão precioso, que para alguns pensadores da Grécia Antiga foi o princípio de tudo, só terá relevância, com preocupação no âmbito mundial, quando a catástrofe estiver pronta. Todos os dias os avisos são dados, com a natureza se rebelando, pó enquanto são os outros seres que estão entrando em extinção. Quando chegar a vez do bicho homem, só assim, ele irá se preocupar, mas já será tarde demais.

Pontuação

Metáfora e pontuação em textos literários
Ponto de partida: Entregue aos alunos uma folha com o poema "Questão de pontuação", de João Cabral de Melo Neto. Faça a leitura do poema em voz alta.

Questão de pontuação
Todo mundo aceita que ao homem
cabe pontuar a própria vida:
que viva em ponto de exclamação
(dizem: tem alma dionisíaca);

viva em ponto de interrogação
(foi filosofia, ora é poesia);
viva equilibrando-se entre vírgulas
e sem pontuação (na política):

o homem só não aceita do homem
que use a só pontuação fatal:
que use, na frase que ele vive,
o inevitável ponto final.
MELO NETO, João Cabral de. Museu de tudo e depois.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p. 146
Objetivos
1) Levar o aluno a identificar a metáfora em textos poéticos.

2) Desenvolver no aluno a habilidade de reconhecer o emprego da pontuação.

3) Mostrar aos alunos que o estudo gramatical não é um fim em si mesmo, e que está, por exemplo, relacionado aos estudos literários, pois o emprego que fazemos de certas regras gramaticais deve-se ao fato de explorarmos, na expressividade da língua, os recursos estilísticos do texto.

Estratégias
1) Mostre aos alunos que o poeta estabelece uma relação entre a vida e a pontuação. ("Todo mundo aceita que ao homem / cabe pontuar a própria vida".)
2) Explique para os alunos que o poeta utiliza os sinais de pontuação como metáforas de comportamentos ou atitudes humanas, ou seja, para o eu lírico cabe ao homem escolher como agir ou reagir diante das diferentes situações da vida: que ele se encante e se espante (viva em ponto de exclamação); que se questione sempre sobre o que vive ou presencia (viva em ponto de interrogação); que viva oscilando e, muitas vezes, que não tome partido, quando se trata de questões políticas.
3) Peça aos alunos que reflitam e respondam o que, no contexto do poema, nos dois versos finais do texto, significam "frase" e "o inevitável ponto final"?

4) Mostre ao alunos, no verso "(dizem: tem alma dionisíaca)", o sentido que os dois pontos expressam. Ou seja, explique a eles que a afirmação feita é reprodução do discurso de outras pessoas, e não, necessariamente, o que o eu lírico acredita ou assume como sua opinião a respeito do homem.
Comentários
Esse é não apenas um ótimo exercício para se trabalhar com figuras de linguagem e gramática, em sala de aula. É, antes de tudo, uma forma de demonstrar que os estudos de língua e literatura não são segmentos estanques e dicotômicos na prática diária do ensino-aprendizagem da língua portuguesa.

barrinha