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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Artigo publicado na revista eletronica Artigonal

O Papel dos Gêneros na utilização da Leitura e da Escrita dos alunos no Ensino Fundamental

Autor: Jussilene de J. S. de Souza

APRESENTAÇÃO

O presente artigo pretende observar qual o Papel dos Gêneros na Utilização da Leitura e da escrita dos Alunos do Ensino Fundamental, uma vez que o trabalho com a diversidade textual já se incorporou nas aulas de língua portuguesa devido à apelação dos Parâmetros Curriculares Nacionais e ao grande número de publicações na área, publicações estas geralmente divulgadas nos cursos de Letras.
Todavia, desde que leciono no Ensino Fundamental percebi que a maioria dos alunos não sabe ler e escrever e os poucos que sabem não conseguem aprender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vistas, argumentarem, etc.
Um dos casos que atribui a esse problema é que os alunos devem ser exercitados no sentido de aprender a ouvir, a ler e a escrever, para se tornarem bons ouvintes, bons leitores e bons escritores, estudando a gramática e a ortografia de forma contextualizada no ensino da leitura e da escrita, sendo uma tarefa que exige muito dos professores e os professores não estão preparados para assumir como essa responsabilidade, mesmo que nos cursos de Letras o que mais se faz é "preparar" os professores para assumirem essa tarefa. O problema é que essa "preparação" são apenas teorias e quando o professor vai executar suas práticas pedagógicas não conseguem ter objetivos bens definidos, não tendo um projeto muito bem consistente para que seus objetivos não se percam no caminho.
Desta forma, os professores não sabem realmente como executar suas práticas pedagógicas adequadamente, fazendo com que os alunos não tenham interesses pela leitura, isso é que faz o fantasma do analfabetismo funcional acompanhar os brasileiros em pleno século XXI.
Cabem as instituições educacionais e os professores não apenas de letra, mas todos viabilizando o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzir-los. Isso inclui os textos das diferentes disciplinas, como os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar, reconhecendo a capacidade de atuar como estimulantes do processo de leitura e propiciar o máximo em experiências, não apenas com base no código lingüístico escrito, mas no visual, no ouvir, no comentar, no criticar, no sugerir, no ler diferentes linguagens e buscar meios para despertar nos alunos o gosto pela leitura prazerosa e promover entre eles reflexão, criticidade e troca de conhecimentos entre eles e sues colegas.
Assim objetivando conseguir com que os alunos do Ensino Fundamental aprendem a ler e a escrever, lendo textos visuais e escritores para que adquiram o papel e o hábito pela leitura. Promover o incentivo dos textos visuais e os textos impressos, dando a livre expressão de idéias e liberdade aos alunos de fazer critica acerca dos livros ou textos lidos. Desenvolver comportamentos leitores e escritores produzindo textos utilizando recursos de leitura visual, escrita e oral. Fazer com que os alunos interessem em entrar em contado com texto que contemple a diversidade de gênero textual.

INTRODUÇÃO

As ferramentas mais comuns de trabalho em sala de aula são os livros didáticos e paradidáticos. Mas hoje o trabalho com diversos tipos de textos já se reuniu as aula de Língua Portuguesa como: revista, jornais, enciclopédia, dicionários, receitas e entre outros, são os suportes de textos na utilização do ensino e aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos. Mas quando falamos em aprender a ler, os livros e os materiais impressos são os melhores supores de auxilio dos professores, melhorando na contextualização da gramática e da ortografia.
Segundo a revista Nova Escola (2009). Na última década, a grande mudança nas aulas de Língua Portuguesa foi a "chegada" dos gêneros a escola. Essa mudança é uma novidade a ser comemorada. Porém muitos especialistas e formadores de professores destacam que há uma pequena confusão na forma de trabalhar.
Mesmo antes de estarem alfabetizados os alunos precisam saber interpretar, têm que aprender a decifrar o que vêem, têm que ter uma leitura de mundo, pois em diferentes situações do dia-a-dia, estamos em contato com textos variados, espalhados em locais públicos como: placas, sinais e letreiros que apresentam informações importantes para a vida em sociedade. Tudo que está a nossa volta é uma forma de texto e, portanto, uma possível leitura: imagem, movimentos, falas, olhares, gestos, palavras, cartazes, livros e muito mais. As pessoas lêem o que o mundo esta mostrando para elas, então, elas interpretam, por isso que tomar como proposta de trabalho os textos e como unidade de estudo é essencial para o reflexo das contribuições da Lingüista Textual, da Teoria dos Gêneros, da Sociolingüística, da Análise do Discurso, passando a ver os textos como unidade básica da interação verbal.
Segundo Eliana Viana Brito (2003) PCNs. Estamos considerando a leitura um processo de interação em que o leitor e o autor se aproximam por meio do texto. Nesse sentido, o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interação do texto, a partir do seu projeto de leitura, o seu conhecimento prévio sobre o assunto e ou sobre o autor. Obviamente, o processo de desenvolvimento da leitura não se esgota nas séries inicias, no período da alfabetização. Há, na verdade, um longo caminho a percorrer após a alfabetização.
Daí o papel da escola e dos professores é limitar o espaço do texto na escola despertando propostas de trabalho com habilidades e competências que envolvam a leitura e produção textual, fazendo com que os alunos vivam vários estímulos, eles têm que verem os gêneros como melhores formas de interpretação e compreensão do mundo que o cercam. Quando abrimos os livros que chegam à sala de aula e folheamos as revistas de divulgações cientificas para o público escolar vemos que são portadores de muito mais que texto. Os desenhos, as fotografias, os gráficos, tabelinhas, diagrama, cores variadas, páginas impressas como letras de tamanho diferentes, todas essas coisa transmitem significados, assim como textos escritos. Os alunos precisam ser alfabetizados para esse universo visual.
Tomamos como base, o conceito de gênero textual apresentado por Bakthion (1997). Segundo ele, os gêneros textuais são formas relativamente estáveis de enunciados ao conteúdo, á composição estrutural e aos contextos (condições e finalidades) nos quais estão inseridos. É por está dependência com relação ao contexto que eles são historicamente variáveis. Assim a imensa diversidade de gêneros é que forma a língua.
Todavia para ser considerado verbalmente alfabetizado uma pessoa deve aprender os componentes básicos da linguagem escrita é saber operar com elas e estar visualmente alfabetizado significa compreender e saber utilizar mensagem visual nas diferentes circunstancia que a vida apresenta.
Segundo Cramer e Castle (2001). É comum a leitura, assim como o brinquedo (Berlyne (1969) p.843), significa muitas coisas para muitas pessoas para ser uma categoria útil á psicologia. Uma pessoa que está indo ao trabalho de ônibus lê os anúncios e os sinais de trânsitos que passam rapidamente pela janela; uma criança pré-escolar, folheando um livro preferido, "lê" a história interpretando as figuras e estudante, com muito esforço, lê um texto de estatística e no momento seguinte, com um suspiro de alivio, começa a ler uma antologia de Somerrset Maugham.

OS GÊNEROS COMO ARTICULAÇÃO EM SALA DE AULA

Os métodos de ensinar a leitura considerando a gramática e a ortografia, na forma tradicional, consistem em conceitos e significados dos termos. Esses conteúdos eram ensinados de forma isolada e mecânica, sem nenhuma relação com os gêneros textuais, que só seriam introduzidos quando os alunos já soubessem ler e escrever, ou seja, numa série mais adiantada, sabendo que os gêneros são vários tipos de textos com a função social de comunicação, assim desde cedo eles fazem parte da nossa vida, de forma significativa, o que constatamos nas diversas formas de comunicação que somos submetidos em nosso cotidiano e a sociabilidade que estas informações nos asseguram, temos como exemplo o jornal que lemos um panfleto que recebemos nas ruas, um cartaz que lemos no mural da escola, um convite que recebemos para uma festa, um email que enviamos entre muitos outros.
Segundo Baptista e Baptista (2006). A partir da compreensão/interpretação faz-se necessário "explorar o texto" em usufruto de outras competências: trazê-lo para o mundo das crianças estabelecendo um diálogo entre elas e o outro; possibilitar uma relação entre texto e leitor, na qual se desvelam muitas informações.
Os gêneros textuais podem ser de dois tipos: os primários e os secundários. Os primários são aprendidos ao usarmos a língua diariamente nas conversas em família, no trabalho e nas mesas de bares; os secundários são os aprendidos nas escolas, são as comunicações formais que são planejadas de forma detalhada, como uma aula, uma palestra ou uma entrevista. O professor antes de trabalhar os gêneros textuais deve conhecer os grupos que têm a ação de: narrar, expor, argumentar, instruir e relatar, além de suas respectivas capacidades de linguagem envolvida na produção de texto, bem como os gêneros a que cada um está agrupado em narraficção e criação que são os gêneros de cultura literária ficcional como os contos, crônicas, lendas, romances e fábulas.
Segundo Bakhtin, a estética geral é necessária para evitar uma abordagem simplificada e superficial da arte literária e a redução das considerações estéticas à abordagem exclusivamente lingüística.
Bakhtin defende que a obra de arte só podia ser comparada com outros produtos da criação ideológica (ciência, ética etc.) e que a literatura se encontrava em interação ativa com outras esferas ideológicas, não havendo justificativa para a sua comparação exclusiva com a linguagem prática. A opção teórico-metodológica do círculo tende na direção do quadro conceitual do que Rastier (2001) chama uma poética generalizada, ao adotar um ponto de vista unificado sobre os gêneros literários e não-literários para descrever "a diversidade dos discursos (literário, jurídico, religioso, científico etc.) e sua articulação com os gêneros". Portanto, Bakhtin propõe, por um lado, a consideração dos diversos domínios artísticos (literatura, música, artes plásticas etc.) no âmbito de uma estética geral e, por outro, a comparação da arte com as demais esferas da cultura, como meio de encontrar seus traços característicos.

LEITURA DE INFORMAÇÃO

Vivemos em uma sociedade onde somos obrigados se atualizar dos acontecimentos e acompanhar os fatos dos diversos contextos com o mundo. Diante desta convivência os gêneros atuam com um papel importantíssimo, como os jornais, revista, televisão, radio e internet compre função básica de produtores de conhecimento, com as informações e fatos que ocorrem com o mundo. Essa é uma das leituras descontraídas e dinâmicas que repete o que ocorre do lado de fora da escola em que as pessoas comentam o que lêem, essa prática aproxima do cotidiano do mundo, ajudando a formar leitura assídua e interessante pelos fatos reais.
Solé, 1998, p 94: A leitura que fazemos quando queremos "saber de que trata" um texto; saber o que acontece" ver se interessa continuar lendo". Quando lemos para obter uma informação geral detalhadamente o que diz o texto; é suficiente ter uma impressa, com as idéias mais gerais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O referente artigo obteve como resultado de pesquisa descritiva e explicativa, limitando-se a pesquisa bibliográfica, mostrando que os gêneros segundo Bakthin (1997), são formas relativamente estáveis de enunciados que se definem por aspectos relacionados aos conteúdos, á composição estrutural e aos traços lingüísticos extremamente ligados aos contextos (condições e finalidade) nos quais estão inseridos. É por esta dependência com relação ao contexto que eles são historicamente variáveis. Sendo assim, a imensa diversidade de gêneros é que forma a língua.
Considerando o que foi acima apresentado, percebemos a necessidade de um ensino de língua que esteja de acordo com o contexto no qual estão inseridos os indivíduos presente no processo ensino-aprendizagem em evidência. Não devemos artificializar o contato desses indivíduos com sua língua materna. Ao contrário, a escola deve procurar envolver seus alunos em situações concretas de uso da língua, de modo que consigam, de forma criativa e consciente, escolher meios adequados aos fins que se deseja alcançar.
Contudo trabalhar com os gêneros textuais e visuais é uma extraordinária oportunidade de lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-dia, permitindo aos jovens o contato com diversos gêneros, buscando amenizar a forma desrespeitosa pela qual a educação vinha talvez ou ainda esteja sendo realizada no decorrer da história, a educação que os trabalhadores "a classe popular" recebiam ao longo da história, visava principalmente prepará-los para o trabalho físico, se contentado com atitudes conformistas, o que redunda numa escolarização deficiente.
Hoje, na sociedade brasileira, as instituições educacionais e profissionais da educação se prepara em instruir os jovens a produzir não apenas os gêneros escolares, mas gêneros que apresentem modos didáticos relativamente abertos. Os alunos têm de ser habilitados a produzir textos dentro e fora da escola, a partir daí as pratica de produção farão parte do cotidiano dos alunos como as praticas de leitura faz em diversos ambiente social (família, grupo de amigos, igreja, associação de bairro, trabalho e etc.). A escola que não enxergar as práticas de produção de texto e de leitura como práticas sociais, mas apenas como práticas escolares apresentam uma visão reducionista e equivocada na formação de seus alunos, podando, assim a sua autonomia. E haverá algum mal em produzir uma música do gênero rap na escola? Não é por meio desse gênero que muitos desses jovens se manifestam perante a sociedade? E veiculam um discurso político social ideológico e cultural?
Como podemos perceber, o texto deve ser um instrumento que deverá unir os conteúdos das disciplinas a um contexto social que deverá instigar a leitura, provocando reflexão, portanto, não tem sentido que aulas de Português, matemática, História, Geografia, Ciências e outras tenham como referenciar para o ensino apenas o que for fornecido pelos livros didáticos, e também não tem sentido que mesmo trabalhando com outros gêneros, os utilizem como pretexto apenas.
A escola tem como função social prepara os alunos para a sociedade. Ela deve ensiná-los a se servir, de forma correta e particularizada, das grandes mudanças nas aulas que são a chegada dos gêneros á escola. Esse novo recurso apesar de serem instrumentos de comunicação, não podendo influir de forma negativa dos alunos. É preciso trabalhar em sala de aula a função correta dos gêneros nas diversas comunicações textuais e visuais de maneira que os jovens compreendem a diversidade entre esses aspectos: construção textual e construção visual

CONCLUSÃO

A contextualização dos gêneros em relação com mundo permite a articulação das atividades entre as áreas de conhecimento, contribuindo diretamente para o aprendizado, significativo de prática de leitura, produção e compreensão. É a partir daí que faz com que as crianças, adolescentes e adultos de escuta e reflitam sobre temas presentes no seu cotidiano.
É fundamental escutar de modo verdadeiro, honesto, aberto como as relações acontecem com as pessoas e, ambiente social e cultural. Assim buscando constante convivência sustentável, vale deslocar que quando os gêneros são ensinados como instrumentos para a compreensão da língua, não importa quanto ou quais trabalhe, desde que o objetivo seja usá-los como um jeito de formar alunos que aprendam a ler e escrever de verdade.
RÊFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BAKTHIN, Mikail. Estética da Criação Verbal. Martins Fontes, SP. 2003.
ESCOLA, Revista Nova. Como Trabalhar com Gênero. Abril, ano XXIV, nº 221, agosto 2009.
BRITO Eliane Viana. PCNs de língua Portuguesa: a prática em sala de aula. Artes e Ciências, SP. 2003
CRAMER, CASTLE. Eugene H, Marrieta. Incentivando o amor pela leitura. Artmend. Porto Alegre. 2001.
BAKHTIN, M. M./VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 6. Ed. São Paulo: HUCITEC, 1992.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. ArtMed. Porto Alegre 1998.
BAPTISTA, Francisco Mª Carneiro; BAPTISTA, Naidson de Quintella. Baú de Leitura: Lendo História, Construindo Cidadania. João Pessoa. 2006.
http://www.artigonal.com/linguas-artigos/o-papel-dos-generos-na-utilizacao-da-leitura-e-da-escrita-dos-alunos-no-ensino-fundamental-2640514.html

Perfil do Autor

Jussilene de Jesus Santos de Souza


Graduada em Letras-Português pela Universidade Tiradentes (2008) e Pós-Graduação em Letras- Lingüística e Linguagem pela Faculdade Serigy (2009), atualmente esta cursando Pós- Graduação em Educação Inclusiva- LIBRAS pela Faculdade Amadeus e Pós em Lato Sensu e Docência e Tutoria em Educação a Distância pela Universidade Tiradentes, é professora do ensino médio, educadora do Grupo de estudo sobre Educação metodologia de Pesquisa e Ação – GEEMPA e Coordenadora Pedagógica da CRIA-CONSULTORIA PEDAGÓGICA E PROFICIONAL. Tem experiência como professora do Ensino Médio pelo Estado de Sergipe, professora do Ensino fundamental pela prefeitura Municipal de umbaúba/SE, educadora leitora do projeto baú de leitura da PREFEITURA MUNICIPAL DE UMBAÚBA, Professora do Ensino Fundamental, Educadora do Projovem Trabalhador e tem dois artigos publicados pela revista eletrônica Artigonal. “O Papel dos Gêneros na utilização da Leitura e da Escrita dos alunos no Ensino Fundamental” ,“ O papel do Educador na Formação de Alunos leitores”

Artigo

O PAPEL DO EDUCADOR NA FORMAÇÃO DE ALUNOS LEITORES

Autor: Jussilene de J. S. de Souza

1- INTRODUÇÃO 

O presente artigo tem como tema "O Papel do Educador na Formação de Alunos Leitores" objetivando abordar a influencia do educador na importância de formar leitores, buscando fazer com que os mesmos desenvolvam não apenas o hábito de ler compulsivamente, mas fazer dessa leitura um meio de transformação pessoal e social, onde ler seja um ato de liberdade e essa permite ao leitor a descoberta de um novo mundo.
Nossos discentes não são mais os mesmos do tempo em que nós, hoje, educadores, éramos os alunos. A formação que recebemos para nos tornarmos docentes, não é mais suficiente para contemplarmos as mudanças de valores, comportamentos, habilidades e competências que a sociedade nos coloca nessa constante transformação da cultura e da educação.
Nosso cotidiano escolar é permeado por uma contra formação que nele, se insere, através do incontrolável crescimento de meios cada vez mais avançados de informações e tecnologia. O crescimento surge simultaneamente à globalização política e social, exigindo uma mudança significativa na prática de ensinar e de aprender. Em virtude dessa mudança, ao profissional de educação cabe agora uma reflexão consciente e contínua sobre os novos rumos que a Educação nos coloca, na sala de aula, à tarefa de formar os alunos de hoje para que, eles, por si, possam se transformar para a sociedade com a sociedade.
Os professores devem criar dentro de cada sala de aula uma atmosfera positiva, uma forma de vida que conduz o aluno ao encontro da leitura através do afeto positivo. Os professores positivos são realistas, mas sempre procuram o melhor em seus alunos. (CRAMER E CASTELE, 2001: pg. 86).
Os alunos são "esse hoje"; não há como negar ou não aceitar. O papel do educador para com eles deve ser fundamental no ato de proporcionar conhecimento, na responsabilidade quando à sensibilização para os aspectos social e quanto ao relacionamento humano orientador por valores éticos para a convivência com o meio.
Os novos rumos para uma transformação do perfil do profissional da educação não se limitam às implantações de práticas inovadoras para uma sociedade com avançadas tecnologias, mas à consciência crítica de sua tarefa perante a educação e o ato de ensinar e interagir, com ela e para ela.
O desafio maior, entretanto, é não perder de vista nessa consciência e tarefa, o eixo norteador da "leitura de mundo", da "leitura da palavra" para a "leitura do mundo" e, desta para a sociedade.

2- O QUE É LEITURA?

É o processo pelo qual um sujeito leitor atribui significado a um determinado texto. A leitura não pode ser vista apenas como uma atividade de decodificação dos códigos lingüísticos. É preciso ir muito além, preciso entender o que se lê.
A concepção de que, no processo da leitura, o elemento mais importante era o texto, ou o autor, mudou. Estudiosos da língua vêem, hoje, o leitor como elemento principal nesse processo, ler é interação ação entre o texto e o leitor. Na verdade, o sentido do texto não está no texto propriamente dito, mas, sim no leitor.
Geralmente, quando falamos a nossos alunos que eles precisam ler mais, eles pensam logo em textos verbais, livros, revistas, jornais e outros. Nosso maior objetivo com a proposta a seguir é mostrar que o texto não é exclusividade das palavras, ou seja, que trabalhar o não verbal é também necessário para aguçarmos a capacidade leitora de nossos alunos. Diante disso, tem-se uma sugestão de aula de leitura de textos não-verbais-excelente ferramenta pedagógica nas aulas de língua portuguesas
"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta rede." (mensagens para tos os momentos.)
(Carlos Drumond de Andrade)

2.1- A LEITURA É UM CAMINHO.

Não há duvida de que a leitura é um caminho muito importante para a informação e, principalmente para a formação do educando. Cabe aqui uma pergunta:
Todo aluno gosta de ler? A resposta mais provável deve ser não. Então, como despertar no aluno o gosto pela leitura? Nem sempre essa é uma das tarefas mais fáceis. Ela apresenta dificuldade e propõe muitos desafios, os quais exigem dos adultos, pais e educadores, não apenas boa vontade, mas também esforços e dedicação constantes.
Os pais desempenham um papel crucial no desenvolvimento de crianças que tenham atitudes positivas em relação à leitura e que se tornem leitores bem – sucedidos. Anderson e colaboradores (1985) declaram o seguinte: "A leitura começa em casa" (CRAMER, E CASTLE, 2001: pg. 88).
Como se vê, não basta apenas querer, é preciso perceber e distinguir os vários obstáculos com que se defrontam, buscando mecanismos que possibilitam ultrapassá-los. Tentar superá-los é a meta prioritária para qualquer um que queira enfrentar essa barreira é, com isso, ajudar a mudar o rumo da história de cada educando, fazendo-o entender que quem lê transcende o tempo e se permite uma viagem de prazer indescritível, visto que a leitura é uma experiência pessoal, impor.
Para que essa tarefa possa ser executada, urge que se tenha em mente o que disse um professor Frances Lojola a capacidade de "ficar na janela olhando as pessoas passarem e passar, ao mesmo tempo, junto com elas"
Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive. Se ler livro geralmente se aprender nos bancos da escola, outros leitores se aprendem por ai, na chamada escola da vida. (LAJOLA, 1993).
Daí se conclui que, além de despertar no aluno o gosto pela leitura, é preciso, antes de mais nada despertar nele a sensibilidade, a capacidade de se lido um "processo que envolva uma compreensão crítica do ato de ler que não esgota na decodificação pura da palavra escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo.

3- DIFICULDADES DE LER

Muito se discute sobre a importância da leitura. Muitos são os fracassos dos alunos brasileiros em testes de leituras, além apresentarem, com freqüências, resultados extremamente negativos em textos como o Pisa. O Enem e outros.
Mas, afinal o que é ler? Porque muitos lêem tantas dificuldades em ler um texto? Existe alguma "formula mágica" para fazer com que o nível de assimilação das idéias de um texto possa ser percebido pelos estudantes é/ou leitores de um modo geral?
Com certeza, uma das grandes preocupações de muitos professores e educadores está voltada para a prática de leitura, alias para a falta dela.
Frases como "Não gosto de ler". Não comigo entender o que Leo. Quando começo a ler sinto sono e para são comuns, principalmente, no meio estudantil.
Adianta passarmos anos e anos enchendo nossos alunos somente de regras gramaticais e, ao final do Ensino médio eles não conseguiram refletir sobre o funcionamento da língua? Ou seja, vera que a escola passa a ensinar, também esse aluno a pensar?
E como fazermos isso, ou seja, fazê-lo pensar: com certeza através da leitura. E necessário que seja feito um trabalho de base. Precisamos levar o aluno a ler para dominar os recursos lingüísticos e, conseqüentemente, dominar o mundo. Porem quando falamos ler, estamos nos referindo a conseguir perceber não só o que está de "Concreto" só texto, mas também o que está de "abstrato" nele.

3.1- A IMPORTÂNCIA DE APRENDER A LER

O que é leitura?
Leitura é um ato de troca entre o individuo e o livro, é um ato também de intimidade entre leitor e autor e de liberdade.
É algo à parte, singular, dentro de casa, na escola e no mundo. Assim fala SOLÉ: "A leitura é um processo de interação entre o leito e o texto". (SALÉ, 1998: pg. 22)
Ler por prazer.
Existe coisa mais divertida do que ler para crianças?
Magia, fantasia e imaginação são apenas alguns dos elementos presentes nesses momentos, muitas vezes inesquecíveis. Por que, então, as escolas ainda são (quase) uma raridade em nosso país? Todos os estudos apontam que o vilão da história é sempre o mesmo: mistura a literatura com atividade didática.
O correto seria apenas trocar idéias e privilegiar a construção de sentido dos textos estabelecendo relações com a realidade dos alunos e com diversas artes.

Ler para estudar

De todos os comportamentos leitores, o de ler para estudar é certamente o mais coberto pelos professores. Sem dúvida, aprender a ler textos informativos, artigo científico, ensaios e livros didáticos (e paradidático) é uma habilidade fundamental para toda a vida, dentro e fora da escola.
Orientar a leitura desses textos é mais difícil, entre outras coisas porque o próprio material de estudo é pouco atraente; muitas letras, poucas ilustrações, um conjunto de idéias que precisam fazer sentido. O ritmo de trabalho é, necessariamente, mais lento, para alcançar o objetivo de localizar informações sobre um assunto específico e reler trechos difíceis. Entender isso é essencial para criar situações didáticas coerentes com a realidade.

Ler para se informar

A leitura descontraída e dinâmica repete o que ocorrer do lado de fora da escola (em que as pessoas comentam o que lêem). E é assim que deveria ser sempre (em vez de apenas apresentar o veículo e suas características, como título, legenda etc.). Só lendo o jornal de verdade, os estudantes serão capazes de entender a linguagem rápida e concisa, acompanhada de símbolos, gráficos, fotografias e ilustrações do texto da imprensa.
Essa prática aproxima os pequenos do mundo cotidiano, distante das metáforas e "viagens" da literatura e ajuda a formar leitores assíduos e interessados pelos fatos reais.
Jornais e revistas cumprem a função básica de produtores de conhecimentos. Como a informação é a matéria-prima do trabalho escolar, não há como falar em educação sem ler. A exploração do texto jornalístico contribui para aproximar essa realidade, ajudando a formar jovens mais críticos e com opiniões próprias capazes de brigar por seus direitos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como mecanismo propulsor dos mais importantes avanços humanos, a educação constitui um meio para a melhoria do Brasil e do mundo. As práticas pedagógicas estabelecem diferentes maneiras de se transmitir o conhecimento, principalmente pelo dialogo entre professores e alunos. Após longas analises sobre tais atividades pedagógicas, construímos um arcabouço de novos conceitos no âmbito do ensino de modo a desenvolver métodos que propiciassem o implemento de uma educação crítica e questionadora da realidade. O poder transformador das práticas educativas se torna cada vez mais profícuo tanto para o desenvolvimento interno dos países quanto para a pacificação das relações estabelecidas internacionalmente. Construir uma comunidade mais cooperativa e menos litigiosa, seja em termos brasileiros ou globais, demanda, sobretudo uma pedagogia voltada à tolerância e ao respeito das diferenças intersubjetivas.
Nesse sentido nós identificamos várias obras em prol da aludida pedagógica, com perspectivas construtivas e conciêntizadoras em três grandes períodos de nossa vida. As idéias centrais da obra, diz respeito à necessidade de se construir uma escola prioritariamente democrática, que seja apta a solidificar no educando a passagem da consciência ingênua à consciência crítica. Em tal transição, os métodos pedagógicos devem proporcionar ao individuo o enfoque no que tange aos problemas de sue País, do mundo e da própria democracia.
Sendo assim, o trabalho desenvolvido procurou evidenciar a importância dos educadores em ajudar os alunos a se transformarem em leitores críticos e molduras em meio à sociedade vigente

REFERÊNCIAS

CRAMER, EUGENEH. Incentivando o amor pela leitura, Eugine H. Cromer e Marrietta Castte, trad. Maria Cristina Moonteiro – Porto Alegre: Artmed, 2001.
LAJOLA. Do Mundo da Leitura para a leitura do Mundo, Marisa lajola: Editora Ática, 1993
MENSAGENS PARA TODOS OS MOMENTOS: http://www.mensagensweb.com.br/ pensamentos/frases/exibe _pensamento.asp?cod=578
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. ArtMed. Porto Alegre 1998.

http://www.artigonal.com/linguas-artigos/o-papel-do-educador-na-formacao-de-alunos-leitores-2850135.html

Perfil do Autor

As autora Jussilene de J.S.souza, Railda S. Silveira, Monica Graciele da C. santos e Alessandra N. S. Vilanova possuem graduação em letras português e recidem no estado de Sergipe no municipio de Umbaúba

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