A medida da felicidade
Em pesquisa recente, realizada entre
2005 e 2009 pelo Gallup, foi medido e avaliado o grau de felicidade das pessoas
em seus respectivos países.
Com base em entrevista,
classificando-se em três graus, que vão de felicidade à sofrimento, a pesquisa
revelou que as pessoas tendem a estar mais satisfeitas com a vida conforme o
grau de riqueza de sua nação e que o passado recente é importante para refletir-se
a felicidade atual.
Entre os brasileiros, 58% se
consideram felizes; 40% estão à procura dela e apenas 2% declararam estar
sofrendo.
Tal pesquisa serviria para “pesar” um
sentimento que a humanidade ao longo de toda a história sempre buscou.
Na Antiguidade Oriental havia uma
lenda de que as pessoas ao morrer, para poder entrar no reino dos céus eram
interrogadas por um espírito que lhes realizava apenas duas perguntas:
1.º: “Fostes feliz em vida?”
2.º: “Levastes a felicidade para a
vida de alguém?”
A alma assim, além de refletir sobre
como havia sido sua vida na terra, tinha seu destino pós-vida decretado
conforme a resposta das perguntas.
Sócrates, posteriormente, ainda na
Antiguidade (só que agora ocidental) vislumbrava a felicidade como um projeto de
vida que todo homem deveria alcançar; ser feliz – para ele – seria “viver como
os deuses”.
O ex-presidente norte-americano
Thomas Jefferson, na Carta de Independência daquela nação escreveu:
“Todo homem é criado de maneira igual
com direitos próprios e intransferíveis, como a vida, a liberdade e a busca
pela felicidade(…)”
Assim, segundo ele, todas as pessoas
são livres e tem estabelecido e assegurado pelo Estado o direto à felicidade.
Recentemente, um símbolo, definiu –
para a nossa embrutecida sociedade moderna
– a representação d
a felicidade: a famosa “carinha Smile”; criada em 1963. Uma música
considerada para muitos a mais bela de todas já compostas, de autoria do eterno
palhaço Charles Chaplin e re-gravada na voz de muitos interpretes, canta esse
sorriso: “Smile”.
Nada mais justo – em tempos de
correria, seriedade e valores alterados pelo sistema que nos corrompe – um
simples sorriso ser sinônimo de felicidade.
Mas e a sua felicidade? É possível
medi-la através de entrevista? De perguntas? Seria ela uma sensação digna
apenas aos deuses? Estaria ela determinada e realmente assegurada em algum
documento?
Cada pessoa tem a sua própria
felicidade de acordo com a sua vida; cada um de nós tem uma visão de
felicidade. Ela está nas conquistas ao longo da vida, nas satisfações e
engrandecimentos profissionais, no grupo de amigos, na família reunida, num
gesto fraterno e espontâneo de desconhecidos, no amor...
Não vá muito longe, desesperadamente,
à procura dessa sensação; as vezes o caminho longo que traçamos termina sem
sentido quando percebemos que depois de tanto viajar, a felicidade sempre
esteve ao seu lado, e o caminho de volta pode ser penoso demais.
A minha felicidade?
Bom...
http://profmarciofm.blogspot.com.br/2011/10/medida-da-felicidade.html
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